16 de fevereiro de 2016

AMAR

As vezes, precisamos de tempo
Tempo pra pensar
Tempo pra sentir
Tempo pra amar
Mas nos tornamos cegos a espera de um tempo incerto
O que enfim nos torna satisfeitos e com certezas?
O sentir
E quando o sentir já não trabalha como antes
Quando as interferências influenciam nosso sentir
Como animais enjaulados, nos sentimos presos ao amor sem definicao
A liberdade pode ser vivida em um voo duplo, de dois coracoes que batem na mesma sintonia
Amar e olhar nos olhos de quem se ama e ver sua alma, atravessar seus olhos e ver sua verdadeira essência
Amar e congelar o momento na memoria para a eternidade
E rasgar-se por simular perder o que lhe faz bem
Amar pode ser tardio mas e sempre um recomeço de finalizarmos uma pagina e começar outra,com as mãos tremulas de duvidas, com o coracao pulsando de anseios, mas a alma necessitando o abraco do outro, o calor que nos conforta e acaricia nossa fragilidade


Fernanda Aureliano


Obs: teclado sem acentuacao.

7 de julho de 2015

Sobre o amor nota de 3


Se apaixonar é um devaneio lindo, intenso e mágico.
Já achar que está apaixonado e viver nessa ilusão... é o contrario da doçura e plenitude, é estar apostando todas as suas fichas carregadas de espinhos em uma emoção traiçoeira, é como embarcar em um navio rumo ao infinito, as profundezas do seu lado mais triste , mais sombrio criado pela sua maldita ilusão que te alimenta a cada segundo.
E que você não se permite acordar, por estar apaixonado... pelo sofrimento.
 

Quero casar com um Designer

Fiz esse blog há pouco mais de um ano e tentei fazer um logo legal, mas ficou um horror.

Um dia quero tomar vergonha na cara e aprender a usar decentemente o photoshop e esses programas de edição de imagem e tal, um dia.

Se alguém aí ler o nome do blog e sentir inspiração para fazer um logo legal e presentear uma pessoa carente de photoshop, seremos felizes!

6 de julho de 2015

Coelho no Asfalto está de volta!

Quando li esse poema do Fernando Pessoa, foi como se ele atravessasse minha alma e me descrevesse até em sonhos. Até achei que conhecia o Fernando Pessoa de outros carnavais .

Coelho no Asfalto está de volta!


Poema em linha reta
 
Fernando Pessoa(Álvaro de Campos)
 
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.


Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...


Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,


Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?


Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

7 de julho de 2014

Talvez

Balada do Amor

É preciso fugir
De todo o amor que faz sofrer
É preciso fugir do amor...
Talvez a chuva lá fora faça bem
Talvez o frio da noite
Seja como alguém...

Carlos Drummond de Andrade